O Menino Bonitinho,
Joaozinho, o menino bonitinho, bomzinho, todo Inho.
Desde criança só ouvia elogios, nada de negativo se ouviu falar de joaozinho.
O Perfeito menino, cheio de qualidades, bom filho.
Sua mãe não cansava de dizer: Joaozinho é tão bom, prestativo...mais o outro....só Deus.
Os dois com pouca diferença de idade, mais muito diferentes.
O outro ninguém lembrava, se estava triste, sozinho, dor de barriga ou cabeça.
Mais quando Joaozinho balançava a cabeça todos já perguntavam; o que foi meu filho?
Ele geralmente inventava algo.
Joaozinho cresceu com todas estas qualidades internalizadas em seu ser, seu ego inflado, algo estarrecedor.
A vida foi passando e ele cada vez mais, sentia-se dono de tudo, Não conseguia ver nada além do espelho a qual se olhava muitas vezes.
Ao ir para o trabalho, tratava o motorista do ônibus como se fosse seu chauffeur.
Sentava no banco e ocupava os dois lugares, como se não tivesse mais ninguém. O ônibus ficava cheio e ninguém tinha coragem de pedir para sentar. Ele percebia e sorria com o canto dos lábios e assim não era incomodado por ninguém. As pessoas que pegavam aquele ônibus todos os dias tinham muita raiva de João, emanavam os piores sentimentos.
-Tomara que ele perca o emprego para não pegar mais este ônibus;
-Tomara que arrume um emprego melhor e não precise mais pegar este ônibus.
Todos os dias João recebia estas energias negativas, causadas pela sua arrogância.
Todos os dias na hora de soltar gritava;
- Motorista pare!
Cada vez mais revoltadas as pessoas ficavam.
Uns diziam ele não bate bem, ele não tem respeito por ninguém.
Essas ondas magnéticas de pensamentos contra João chegaram até ele.
Perdeu o emprego e não pegou mais aquele ônibus.
Mais os revezes continuaram.
Ficou sem casa para morar e pediu seus avós e seu tio se poderia ficar um período pequeno.
Desempregado e tendo que cuidar para não gastar seu dinheiro todo.
Em pouco tempo João já estava tomando conta da casa, dando
ordens, mandando em tudo.
seu avô um senhor doente, não aguentava mais o abuso do rapaz.
O avô doente e como toda pessoa de idade depois do almoço quer deitar , mais o vovô não podia mais deitar, porque seu netinho estava lá.
Até que um dia o avô não aguentou mais e deu uns gritos e o netinho, virou o jogo colocando o pobre avô para fora.
Mais o dinheiro do avô fazia falta e resolveram chamaram o avô para morar em casa, mais o vovô não aceitou.
Então João se sentia cada vez mais dono de tudo.
Começou a tramar até que seu tio não aguentou e foi embora.
Que comprometimento é esse?